Entre o Direito e a Contabilidade
A gestão corporativa é extremamente dependente de informações e dados que possam suportar análises e decisões que encaminhem a empresa para a direção certa. A propósito, estamos na era da big data e o data analytics, o que exalta a importância do tema na época em que vivemos e nos setores jurídicos a percepção não é diferente.
Por isso, além da atuação técnica do advogado para desenvolver e aplicar as melhores teses e estratégias para o êxito nos processos, é cada vez mais importante a devida análise da carteira e dos riscos jurídicos, financeiros e contábeis para a empresa.
Essa análise atrai ao advogado e aos paralegais a necessidade de aproximar cada dia mais os seus conhecimentos da contabilidade, para o entendimento suficiente de riscos, provisões, passivos e ativos contingentes.
Para análise comum ao advogado sobre a chance de (im)procedência de um processo judicial, impende o auxílio à análise sobre o quanto o cliente vai perder ou ganhar e quando.
E sendo a contabilidade básica mais uma das omissões da graduação jurídica formal, cabe ao advogado buscar esse conhecimento (e acredito que à OAB fomentar e auxiliar na difusão) para o melhor atendimento aos clientes do tempo cotidiano.
Hoje, advogados e paralegais estão se inserindo cada vez mais no conhecimento de conceitos básicos da contabilidade nacional e internacional, especialmente com o estudo profundo dos “Pronunciamentos Contábeis”, especialmente a NPC 22 e o CPC 25, no que se trata de provisões e contingencias.
Esse saber pode mudar sensivelmente a posição do advogado perante o cliente, que deixa de ser “só” consultor jurídico para surgir como ator essencial na tomada de decisão do cliente, agregando muito valor à sua atividade.
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