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Taxação de dividendos e faixas de isenção: o que deve pautar a reforma tributária do IR

Fonte: CNN Brasil


Governo federal não deve esperar a reforma tributária do consumo ser avaliada pelo Senado para apresentar a “segunda fase” da matéria

 

O governo federal não deve esperar a reforma tributária do consumo ser avaliada pelo Senado para apresentar a “segunda fase” da matéria.


A reforma do Imposto de Renda (IR) e da folha de pagamento deve ser enviada pelo Executivo ao Congresso junto ao Orçamento de 2024 — ou seja, até 31 de agosto.


Especialista consultados pela CNN acreditam que um dos focos da nova fase será o combate da regressividade por meio da revisão da tabela do IR.


A faixa de isenção pode crescer, enquanto os que ganham mais podem passar a pagar mais imposto.


No início deste ano, o governo Lula estendeu a faixa de isenção do IR para até R$ 2.640. Uma das promessas de campanha do petista, contudo, era de que esse valor chegasse a R$ 5 mil.


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João Claudio Gonçalves Leal, sócio-coordenador tributário no SGMP Advogados, aponta que também devem estar na pauta as regras tributárias para lucros e dividendos, além de juros sobre capital próprio, formas com que empresas remuneram seus sócios ou acionistas.


“A questão é debatida há anos e se fala em ‘justiça tributária’ para se justificar a necessidade do fim da isenção da distribuição de lucros e dividendos e da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio”, explica.


Defensores dessas medidas indicam potencial para gerar arrecadação por meio da tributação dos mais ricos — assim diminuindo desigualdades.


O governo de Jair Bolsonaro chegou a sinalizar tal proposta; Lula também faz acenos favoráveis.


Segundo Gonçalves Leal, também devem ser debatidas alterações na regra de atualização do valor de bens das pessoas físicas.


“Permitir que a atualização seja feita ao longo do tempo pode diluir o pagamento do imposto de renda e diminuir o impacto da tributação por ocasião da venda do bem”.


A extinção ou redução de deduções fiscais (que já vêm sendo atacadas pela Fazenda desde o início do governo), além de tributação sobre investimentos em fundos fechados também podem entrar na pauta.


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Gonçalves Leal indica que a discussão sobre o IR está ainda menos “madura” do que o debate sobre o consumo na sociedade brasileira.


Segundo o especialista, a complexidade do tema levanta uma série de questionamentos cujas respostas ainda não estão estabelecidas.


“Além disso, alterações da legislação do IR que provocam aumento de carga tributária são percebidas com muito mais facilidade que as alterações no consumo”, diz.


“Por esse motivo, a reforma do IR pode sofrer maior resistência, uma vez que o eleitor não deseja que a carga tributária que ele suporta se torne ainda mais onerosa”.


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Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

 

João Claudio Leal é sócio-coordenador da área tributária do SGMP+ Advogados.

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